Projeto Arte Escola Rua

Arte Escola Rua

Apresentação

Aulas extra-curriculares sobre cultura e esporte de rua integrando os alunos das escolas particulares e públicas, a comunidade, incentivando o convívio, o intercambio de realidades, a diversidade e a diferença

O projeto foi inicialmente pensado, para oficinas de graffiti dentro de escolas particulares, mas, foi ampliado a outras áreas de interesse semelhantes, como: DJ, Basquete, Break Dance, Skate e Ritmo e Poesia (RAP). As escolas públicas foram incluídas, também, como uma forma de enriquecer e valorizar o projeto no aspecto sócio-educativo.

Oriundas, das clases mais pobres e excluídas dos Estados Unidos, essas manifestações culturais, artísticas e esportivas, até pouco tempo consideradas marginais, se espalharam pelo mundo e encontraram terreno fértil para seu desenvolvimento no Brasil. Em um processo quase antropofágico, a nossa área de interesse, se adaptou, ganhou uma cara própria, brazuca, nacional, e hoje é reconhecida mundialmente pela originalidade e qualidade. Digerimos a cultura estrangeira e mais uma vez, devolvemos ao mundo com o nosso dna.  Os grafiteiros e artistas de rua brasileiros são hoje reconhecidos mundialmente, Djs de destaque internacional exportam a música brasileira, inúmeros skatistas brasileiros campeões mundiais, jogadores brasileiros de basquete jogando na prestigiada liga NBA, são prova de que todo esse caldo de cultura urbana chega ao Brasil cresce, se desenvolve, se transforma e cada vez mais nos torna melhores como seres humanos e como nação.

E como fica o papel da escola e da educação formal nesse processo?

Como auxiliar na formação de jovens em busca de identidade própria e interessados em uma cultura alternativa que não é contemplada pela grade curricular padrão?

As “matérias” que propomos em nossas oficinas, vem preencher o vazio dessa informação na educação formal, trazendo de fora para dentro da escola o universo da cultura e dos esportes de rua.

Queremos abrir portas, e mostrar caminhos, incentivar o intercambio de cultura melhorar a educação. A intençao nåo é formar artistas ou esportistas, e sim iniciar os jovens no universo das artes e da cultura alternativa, aproximar a comunidade do universo artístico e da escola, para formarmos cidadãos capazes de apreciar a arte, a cultura, o esporte, desenvolverem o espirito crítico e renovarem nossos valores sociais e culturais.

Formato

  • Aulas semanais, divididas em 4 modulos mensais, (básico1, básico 2 intermediário e avançado), completando um semestre de aulas, ampliável para até um ano.
  • Turmas divididas por idade e por area de interesse
  • Publico alvo preferencialmente de ensino médio, mas o projeto é adaptavel a idades mais novas até o limite de 10 anos
  • Aulas ministradas por um professor/coordenador, mais experiente acompanhado de um assistente/aprendiz que também estará em processo de formação de professor.
  • Para cada turma inscrita dentro da escola particular, ofereceremos, em contra-partida, a mesma oficina, aplicada numa turma de idade equivalente em uma escola pública do entorno, próximo a ser definida junto om a escola e os alunos
  • Intercâmbio e encontros presenciais entre os alunos da escola pública e da privada.
  • Visitas a outras escolas que participam do projeto, com as intervenções de graffiti, jogos de basquete, visitas conjuntas aos “skatespots”da cidade, lojas de disco, museus a céu aberto etc
  • Visitas e aulas especiais com personalidades de cada uma das nossas areas de conhecimento.

Justificativas

  • Diminuir a istânca entre a escola, os alunos e a comunidade
  • Aproximar a escola privada da pública, do bairro e da comunidade
  • Trabalhar o tema do pertencimento dos jovens na cidade.
  • Combater o sedentarismo, e por consequência o sobrepeso e a diabete infantil.
  • Expor, literalmente, os jovens a luz do sol, e figurativamente, a realidades sociais distintas
  • Levar os jovens a frequentar a cidade e a comunidade, conviver com a rua e seus “moradores” e com situações e pessoas de cores diferentes.
  • trabalhar temas como parceria, diálogo, mobilidade, pertencimento, diversidade e segurança.
  • Incentivar a conscientização política do aluno, em nome de sua emancipação social, cultural e política no contato com as classes sociais excluídas.
  • Suprir a falta desses conteúdos na grade curricular tradicional e até nas universidades
  • Supercar a necessidade de aprender esses conteúdos desde cedo
  • Abrir as porta da rua para a escola de forma segura e confortavel
  • Integrar os alunos com a cidade de forma responsável e segura
  • Transformar os jovens em atores sociais da cidade

“Hoje em dia a rotina das crianças é o que eu chamo de caixinhas. Está na caixinha que é a casa, entra na caixinha com rodas que é o carro ou a van, vai para a escola, que é a caixa maior, e geralmente só tem dez minutos para lanche e dez para brincar. Aí ela volta para casa e não sai, porque é perigoso ou por falta de opção. Nessa rotina ela só teve dez minutos livre, o que traz muitos problemas”. Irene Quintás: Arquiteta e urbanista, com mestrado em Estudos Territoriais e Gestão Urbanística

“O que caracteriza a nossa história é não reconhecer os indígenas, os negros, os pobres, os camponeses, os quilombolas, os ribeirinhos e os favelados como sujeitos humanos” Paulo Freire educador

“Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”

“É preciso colocar Paulo Freire em seu devido lugar, que é o lixo da história” Manifestações coxinhas desde junho de 2013

 

Links relacionados:

http://portal.aprendiz.uol.com.br/2015/04/14/a-atualidade-de-paulo-freire/

http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/06/1894265-crianca-precisa-andar-pela-cidade-para-ser-cidada-afirma-urbanista.shtml

https://educacao.uol.com.br/noticias/bbc/2015/12/28/crise-e-ideologia-levam-familias-de-classe-media-de-volta-a-escola-publica.htm